10FEV16 - Dia 2
Nadar para mim sempre foi uma imagem tão distante. Tão
distante, tão distante que quando vou à praia, a aguinha fica só pelos tornozelos.
Quando sou obrigado a introduzir agua a cima dos tornozelos,
as partes baixas gritam de dor, os ombros choram de raiva e os olhos ficam tão esbugalhados
que querem-me de imediato internar.
Mesmo quando estou na banheira a tomar o banho de imersão,
utilizo barbatanas, tubo de respiração e fato de mergulho. Às vezes ainda visto
as meias neoprene.
A lavar a loiça utilizo luvas até aos ombros, mascara de
mergulho e um apeta nariz para que nenhum salpico atinga o nariz.
A agua nunca fez parte da minha vida e é por isso que optei
por criar hábitos dos sábios antigos. Tomar banho três vezes por Mês.
A grande vantagens são: Não desgasto a pele, poupo na
carteira, não preciso de perfume e tenho sempre lugar no autocarro (ainda não
percebi porque).
Mas tudo tem os seus Ciclos e uma Noite desta apareceu-me o
Deus da Agua no meu quarto e disse “Jorge, tens te portado muito mal e partir
de hoje vais para um tanque cheio de agua”.
Tem sido o Caos. Destaco que engodei 8 kgs devido a
quantidade de agua que engoli pela e boa e mais 3 kgs de agua que engoli pelo
nariz.
E tenho os dedinhos das mão como se tivesse 235 anos. Socorrooooooooo.